Era um abril
de um ano que eu queria esquecer
a força, uma vez mais,
a repressão e o ódio
nos trouxeram os porões da ditadura;
à força criaram barreiras
e mataram inocentes
Não, já não poderia esquecer
minha inocência manchou-se
com o sangue daquela gente
E o país,
que jazia em berço esplêndido,
renovou suas esperanças
ao escutar o filho
que gritava bravamente:
“Viva o MST!”
Em terras brasileiras
, antes,
o culpado se fazia inocente,
impunemente matava
e servia a glória
, de assassinos,
em luxuosos banquetes
respaldados por políticos
e burgueses
- não que ainda não o façam
...mas aquele grito
...mas aquela gente
Ah,
minha terra brasileira iria ser diferente
Com a enxada na mão
e um boné
- para proteger do sol quente,
marchavam,
pacientemente,
cantavam,
lindamente,
e,
honestamente,
amavam
as terras
que os despejavam
Antes de dormir
sonham
e não fazem o contrário
- guardam
no retrato vivo da história
cada futuro amanhecer
de verdadeira glória
Seus filhos nascem
no amor à luta
- e por isso lutam
Seus sorrisos nascem
da vida dura
- e por isso duram
Falam de Amor e de Revolução;
de como devemos repartir a terra
- e o pão
Falam de unidade;
de como nos organizando podemos desorganizar
- o capitalismo
E construir outra sociedade
- SOCIALISMO
Nas suas palavras não há dúvida
- um mundo melhor é possível
Marcham
Cantam
Vivem
Sonham
Milhões de vidas
que se reencontram em outras vidas
Sob bandeiras vermelhas gritaram
- e nasceu um Hino
Mãos calejadas ousaram desenhar
- e reinventaram o Brasil
Hoje é possível sonhar
- um outro abril
Sob nossas bandeiras vermelhas
uno o meu grito
pela Revolução brasileira:
Viva o MST!
Por Walter Titzz Neto, militante do núcleo Paulo Petry da UJC/PCB
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